texto e ilustrações Edson Barbosa
Publicado em 13.09.2023
Todo o processo criativo da minha arte leva um bom tempo, nunca é simples. Desde a escolha da referência até o último rabisco, tudo é pensado com muito carinho e com uma única finalidade que é evoluir na arte. Em 2019, a minha melhor ideia (até então) virou realidade, postei o meu primeiro desenho no Instagram. Era uma arte simples, feita com papel e lápis, não tinha um bom equipamento, mas tinha um sonho e uma foto de referência da Lily Allen.
A arte tradicional sempre foi muito intuitiva para mim, qualquer coisa em qualquer momento poderia virar uma obra bem bonita. Então, desde sempre desenho no papel com poucos materiais. Infelizmente, a arte tradicional deixou de ser sustentável para mim, queria evoluir como artista e descobrir novas técnicas. Até que achei a aquarela, outra paixão que foi construída com o tempo. Entretanto, a aquarela virou um gasto muito alto, os papéis e pincéis específicos são absurdos de caros… Tudo virou dificuldade.
Num momento bem específico, a arte digital foi apresentada para mim. Mais um gasto para a lista, no entanto, comprar uma mesa digitalizadora seria bem mais vantajoso a longo prazo. E assim eu fiz, o meu primeiro desenho digital foi criado e postado no instagram logo em seguida. Em 9 de outubro de 2021, arquivei todos os meus desenhos antigos e priorizei as artes digitais.
Desenhar sem um papel era muito estranho e diferente, a minha adaptação com o novo estilo demorou umas boas semanas, mas lá estava eu. Contudo, as pinturas não foram suficientes para me motivarem, o art block é um amigo de longa data e nessa época ele se intensificou. Pintar tudo em frente a uma tela tinha lá as suas limitações e adversidades.
Vivendo nesse novo mundo que se abriu, o digital mudou totalmente a minha visão de como eu devo fazer arte. Antes, desenhava todo dia e sem preocupação, naquele momento, fazer um rascunho parecia difícil demais. Precisei parar e respirar, a minha mente merecia um descanso.
A intensidade que as mídias cobravam ainda não fazia parte do meu processo e até hoje não fazem. Porém, é o que eu mais amo. E lá vamos nós postar de novo e traçar novos objetivos. Agora, vender a minha arte me tiraria da zona de conforto, mas parecia ser uma boa missão.
A arte deixou de ser apenas vitrine e se tornou trabalho, mas até chegar na minha primeira “commission” demorou um bom tempo. Vendi o meu primeiro desenho para uma amiga em 2022. A sensação de vender algo que eu fiz com as minhas próprias mãos foi simplesmente incrível. E claro, para melhorar a qualidade da minha arte, juntei um pouco de dinheiro e comprei mais materiais artísticos. Sendo assim, continuo trabalhando e fazendo arte até hoje.
Agora, o meu objetivo não é comercializar os meus desenhos, mas desenhar o que eu quero sem pressão. Tenho planos e logo mais eles avançarão, principalmente no instagram que é uma ferramenta de divulgação que eu tenho em mãos. Portanto, a arte me leva para lugares incríveis, independente de qual for a técnica que eu use, sei que vou viajar até terminar o processo criativo.
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