texto Juliana Barbosa
publicado em 18.05.2023
Há alguns dias eu estava passeando pela internet procurando algo que fosse capaz de me prender por algumas horas, até que entrei em uma loja online de jogos e achei um game chamado “The Painscreek Killings” que prometia que o jogador teria a experiência igual a de um detetive tendo que solucionar um crime: quem matou Vivian Roberts?
Resolvi dar uma chance e no mesmo dia comecei a minha aventura. O jogo começa com uma apresentação falando que a cidade de Painscreek terá suas casas e bens leiloados, mas que o crime que rondava a cidade – agora abandonada – ainda não havia sido resolvido, então eu, enquanto jornalista investigativa, teria a oportunidade de investigar a cidade vazia e solucionar o mistério que rondava o local há mais de 20 anos.
Sendo assim, a personagem começa dentro da cabana abandonada do xerife, tendo acesso a chave que abre os portões da cidade e a alguns documentos iniciais como o diário do xerife, no qual nos são apresentados os personagens principais: Vivian Roberts, a mulher do prefeito; Charles Roberts, o prefeito; Trisha Roberts, a filha do casal; Scott Brooks, namorado da Trisha e filho do padre; Matthew Brooks, o padre da cidade; Dorothy Patterson, empregada da mansão do prefeito; Andrew Reed, empregado da mansão do prefeito; Bernard Hopkins, mordomo da mansão; Derrick Tyler, empregado da mansão e Wanda Tyler, ex-empregada da mansão e mãe do Derrick. Além da introdução a estes personagens, também é dado um mapa da cidade. Com essas informações primordiais você pega a chave encontrada e então entra na cidade iniciando de fato a sua jornada.
O jogo em si não é difícil, você é jogado dentro da cidade e com base no mapa decide para onde quer ir. O mundo é semiaberto, então você pode andar por muitos lugares e eu garanto que em cada um deles é possível encontrar alguma informação relevante. A maioria das casas e lojas estão trancadas, o que indica que será necessário procurar em outros locais as chaves desses lugares.
Com o passar do tempo você encontra mais diários, cartas, chaves e vai trilhando seu próprio caminho, encontrando cada vez mais pistas de quem foi o assassino de Vivian Roberts (e já adianto um spoiler: existem outros crimes que rondam Painscreek). A minha dica é: pega um caderninho ou abre o bloco de notas do celular ou computador e segue anotando todas as informações que você julgar importante. Fazer isso fez com que eu me sentisse uma detetive de verdade e me ajudou a decifrar os códigos, solucionar os crimes e lembrar de todos os personagens com mais facilidade. Acompanhada a essa estratégia, o jogo dá uma câmera fotográfica para sua personagem e este objeto será um grande aliado da sua investigação.
Quando você estiver próximo a solucionar o crime, o jogo automaticamente não te dá mais a opção de salvar e você precisará ao final fugir do provável assassino. Assim que sua fuga for bem sucedida o seu chefe lhe encaminhará uma mensagem pedindo para você completar as seguintes questões: “Quem matou Vivian?”, “Porque?”, “Qual foi a arma do crime?”. Ao final é pedido para você anexar uma foto (tirada ao longo do jogo com a câmera da personagem) para ser a capa da matéria no jornal. Caso suas respostas estejam erradas você ganha um puxão de orelha do seu chefe e tem a possibilidade de voltar a cidade para descobrir quais são as informações corretas. Quando você der todas as respostas certas, a sua matéria será publicada.
O jogo em si pode ser finalizado em uma período de 10 a 20 horas, então eu recomendo que ele seja jogado apenas quando você tiver um tempinho. Ele está disponível na Steam apenas para computadores e notebooks e consegue rodar em algumas versões mais antigas. Porém, caso você não tenha paciência para jogar, recomendo que assista alguma playlist no Youtube de alguém jogando – o meu favorito é o Alanzoka – para pelo menos conhecer a história e entender todos os mistérios que assombram Painscreek.
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